sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

o fim dos tempos

começa com a sensação de um certo vazio. já não há muito o que fazer, não se tem muita direção. e essa sensação só aumenta conforme o tempo passa. chega-se, então, no dia d, o marco zero, o ponto onde a contagem regressiva pro fim, de fato, começa.

25.

tudo para. o fim começa. 6 dias. cidade vazia, cabeça vazia, existência vazia. a rua já não faz mais barulho. a partir desse momento todos os dias passam a ser surreais, não só os chuvosos (que raramente aparecem nesse curto espaço de tempo).

buraco-de-minhoca.

é como se, por alguma razão, fosse criado um universo tangente, uma outra dimensão, que vai entrar em colapso em seis dias. a sensação apocalíptica do fim próximo, o calor, o vento, o silêncio. a luz, ao contrário do que se esperaria, é quem toma conta. à escuridão reserva-se apenas algumas horas. seis, as vezes cinco. seis dias.

31.

5, 4, 3, 2, 1, e é o fim. não há mais nada. tudo acaba. o universo tangente entra em colapso e somos jogados de volta ao universo principal, à dimensão "oficial," ao mundo "real." alguns deixam partes de si do outro lado, alguns não passam ilesos, alguns não passam.

e, ainda assim, eu amo essa sensação.

26: segundo dia.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

nem sempre o tempo é seu amigo

milhares de textos incompletos nos rascunhos desse blog.
vida é uma parada que definitivamente não existe no fim do 9º semestre.

nunca é dia de dormir cedo.
nunca é dia de dormir.


il sole è come un'onda. cancella le scritte sulla sabbia, uccide i pensieri di prima mattina, ci solleva dalle domande, dal freddo che tiene svegli quando il silenzio fa paura.

non ero stanco, ma ho dormito per anni.

nunca é dia de acordar cedo.
nunca é dia de acordar.